quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

É duro perceber o quanto a vida é vazia....

Odeio esses momentos. Eles ocorrem com mais frequência durante à noite, normalmente quando já estou deitado na cama. Parece que a mente se expande, e chega a lugares que, embora sempre estivessem lá, não eram acessados.

Então eu vejo as coisas com mais clareza. Sinto elas com mais força.
O pensamento vai muito longe, e muito mais fundo.

Tudo se amplifica, como um grito numa caverna. E como acontece ao se gritar numa caverna, as vezes coisas assustadoras são despertadas.

Hoje eu não estava na cama quando elas vieram.
Estava na frente do PC, da maneira que passo quase todos os meus dias.

Mas, embora o cenário fosse outro, os fantasmas continuaram os mesmos.

Não faço nada de importante. Duas décadas de idade, e que motivos tenho para me orgulhar de estar vivo?
Se é que esse estado pode ser chamado de vida. Pareço mais um cadáver, que continua andando e falando, tudo no automático, fingindo que está vivo, quando na verdade sua energia é animada e alimentada por forças profanas e ocultas.
Não, eu não tenho vida, eu acho.

Mas será que seria melhor ser feliz?
Quer dizer, existe alguém feliz que não pareça um completo retardado?

Dizem que a ignorância é uma benção.
Pois eu vou além: a ignorância anda de mãos dadas com a felicidade.

Maldita geração.
Andar por andar, viver por viver, zumbis.
Zumbis que não querem cérebros. Zumbis que querem ser felizes.
"SER FEEEELIZ! SEEER FEEELIZ!

Será que ningúem tem um mínimo de consciência, para perceber que a felicidade engana e ilude?
Ou pelo menos que a felicidade é vazia se não vem através do esforço próprio?

Maldita geração essa em que nasci (Se bem que todas tiveram seus problemas....). Ningúem dá valor ao que é real, e todos idolotram o superficial e o cômodo. Acho que essas duas palavras resumiriam tudo: superficialidade e comodismo, e sim, sem hipocrisia, eu estou nisso também,

Comodismo....pense que é algo que tem me incomodado bastante....

Prazeres instantâneos, relacionamentos instantânoes, vidas, famílias, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo é instantâneo.
No século XVIII um jovem normal de classe média-alta, por volta de seus 15 anos já saberia falar no mínimo três idiomas e conheceria com certa profundidade música e literatura.
É claro que o mundo era outro, e que essa comparação é um tanto quanto forçada, e os problemas lá existiam, embora diferente dessas questões que eu cito, mas pensemos: o que sabe um jovem de 15 anos hoje em dia?


Sim. Maldito "viver" esse do qual faço parte.

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